quinta-feira, 24 de outubro de 2019

RESPEITAR O ESTRANGEIRO

Respeitar aquele que é diferente de você.

Levítico 19. 33-34 diz: “Não maltratem os estrangeiros que vivem na terra de vocês. Eles devem ser tratados como se fossem israelitas; amem os estrangeiros, pois vocês foram estrangeiros no Egito e devem amá-los como vocês amam a vocês mesmos. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês.”

“Se um estrangeiro vier morar convosco, não o maltrates. Ama-o COMO SE FOSSE um de vós”.

Você não precisa virar “estrangeiro” (idólatra, homossexual, ateu), o “estrangeiro” não precisa virar “israelita” (cristão, judeu, hétero, seguidor do cristianismo), e você nem mesmo precisa concordar com o “estrangeiro” (seus costumes, opção sexual, religião ou descrença), deve somente respeitá-lo, e amá-lo, amá-lo do jeito que ele é (estrangeiro – homossexual, ateu, etc.), mas amá-lo como se ele fosse dos seus (israelita – cristão, heterossexual).

Assim como os hebreus por certo tempo, foram respeitados no Egito, com sua religião e costumes (em memória de José), recebendo o direito de adorar seu Deus, de cultivar, ter seu rebanho, trabalho, de se casarem entre si etc., deveriam respeitar os estrangeiros que vivessem no seu meio, com sua religião e costumes. A Lei de Moisés era para quem estava debaixo do Pacto da Lei, e não para quem não havia feito o Pacto no Sinai. Mas esses (estrangeiros, demais que não fizeram o pacto), deveriam ainda sim, serem respeitados e amados, como os que fizeram o pacto (pois Deus disse que os israelitas também foram estrangeiros no Egito, e sabemos que eles não viraram egípcios, continuaram hebreus). É a famosa regra de ouro: “Não faça aos outros o que você não quer que seja feito a você.”

É tão difícil entender isso? Se colocar no lugar do seu próximo? Imagine os cristãos que são perseguidos, crucificados e mortos em alguns países no Oriente Médio. Você não gostaria que isso parasse? Acharia que seria “privilégio”, se os governos de lá criassem leis “especiais” para proteger essa “classe” (cristãos) que sofrem aflições particulares? Acharia justo que eles, sendo minoria em um país de outra religião (Islã) tivessem os mesmos direitos e deveres, que os muçulmanos? É exatamente isso, não se trata do muçulmano aceitar o cristão, ou as práticas cristãs, trata de respeitá-lo. E se esse cidadão está sofrendo determinada perseguição, trata de protegê-lo. Assim como Deus criou leis especiais (privilégios?) para proteger os estrangeiros, que eram minoria. O mesmo vale para o que, não compartilhando das suas crenças, costumes ou opção sexual, seja também respeitado e protegido.

Respeitá-lo assim como é (como estrangeiro), e amá-lo como um cidadão igual a você (israelita), que paga seus impostos, com os mesmos direitos e deveres (de se casar, de frequentar os mesmos lugares sem serem discriminados, de ter uma família etc.). E se tal classe de “cidadãos” (seja por cor, opção sexual, idade avançada ou gênero), sofre determinado tipo de preconceito e perseguição, deve sim ser protegida de forma especial, para que haja justiça.

Quer aplicar a Bíblia? Ótimo, aplique na sua vida, o que cabe a você (as leis e tradições que você desejar, em seu pacto particular com Deus, seja através de Moisés, Jesus, Paulo etc.), e aplique ao próximo (que não está debaixo do mesmo pacto que você), o que cabe a ele (justiça, respeito e amor).

Entenda, que não se trata de você aceitar a “homossexualidade” como natural, ou seja lá o que for, mas de respeitar o próximo, independente de ser “israelita” ou “estrangeiro”, como gostaria de ser respeitado. Assim como você gostaria de ter o direito de se casar, com outro cristão, em um país do Oriente Médio, assim também um homossexual gostaria de se casar com outro, no seu país. Assim como os hebreus se casavam no Egito. 

As práticas dos hebreus certamente não eram aprovadas pelos egípcios, mas eles a respeitaram por certo tempo, em memória de José. Depois, passaram a perseguir os hebreus. Os cristãos também foram perseguidos em Roma. As práticas cristãs eram abomináveis para os romanos. Se fosse um cristão em Roma, tenho certeza que desejaria que o estado romano te protegesse ou te deixasse viver suas práticas sem ser discriminado. Faça o mesmo pelo seu próximo. Isso não significa que você aprova o que ele faz, mas que o ama e o respeita assim como é.

Lembremos que Jesus morreu por nós que somos abomináveis pecadores.

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