domingo, 23 de outubro de 2011

PELA UNIÃO DA IGREJA DE CRISTO

UM GRITO DE CLAMOR PELA UNIÃO DA IGREJA

1 Reis 19:13-14 – “Quando Elias o ouviu, e volveu o rosto no manto e, saindo, pôr-se à entrada da gruta. E eis que uma voz lhe disse: Que estás fazendo aqui Elias? E ele respondeu: Estou cheio de ardente zelo por Javé, o Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel abandonaram a Aliança, destruíram teus altares e mataram à espada os teus profetas; sou o único que restou. Mas a mim também procuram matar!”.

Irmãos. Quantos líderes religiosos dos nossos tempos não têm o mesmo pensamento de Elias? Quantos de nós não achamos que todas as outras igrejas se corromperam, e que só restou a nossa? Mas veja a resposta de Javé.

1 Reis 19:18 – “Mas conservei em Israel sete mil homens, todos os joelhos que não se curvaram diante de Baal, e todas as bocas que não lhe dirigiram beijos de adoração.”.

Irmãos, quantos cristãos não deram suas vidas para que a Palavra de Deus chegasse até você, para que todos sejamos salvos? Quantos não morreram, unidos com Cristo, como um só corpo? Porque hoje quando ninguém nos persegue, quando ninguém nos separa, nós mesmos nos separamos? Elias se julgou único, e não sabia que havia mais sete mil homens, porque todos estavam espalhados, a maioria escondidos. E assim como Elias, nós é que olhamos a nossa volta e não enxergamos ninguém. Fazemos-nos diferentes. Fazemos-nos tão inteligentes, dignos, sábios, cheios de Espírito Santo, abençoados por Deus, amados por ele, tão amados, que somente nós conseguimos entender isso, ou aquilo. Às vezes achamos que o diabo tem cegado nossos irmãos, e eles não conseguem isso ou aquilo. Mas nós temos o privilégio do discernimento espiritual. Tentamos abrir seus olhos, mas eles não entendem. Quanta arrogância é a nossa irmãos. Milhões de crentes orando ao Deus Todo-Poderoso, em nome de Jesus, pedindo o Espírito da Verdade, implorando por sabedoria, por entendimento, por libertação, mas Deus só concedeu esse discernimento para nós. E eles, só terão esse entendimento se ouvirem o que temos a dizer, somente através de nós, como se fossemos eleitos como únicos representantes de Deus na Terra. Quanta arrogância irmãos. Deus não precisa de nós. Deus pode levantar pedras como profetas, se for da sua vontade. Mas temos sido mais inflexíveis que o próprio Deus. Nós somos mais rigorosos que ele. Pois a cada dia fica provada a sabedoria de Deus, e a diferença entre a sabedoria de Deus, e a sabedoria dos homens. Pois os homens julgam doutrinas, e tentam converter doutrinas, mas Deus julga os corações, e quer converter os corações dos homens. A Igreja pertence a Jesus. Pode o escravo julgar um escravo? Ou cabe ao senhor julgar todos os escravos? Todo aquele que se coloca sob o julgo do senhor é seu escravo, e cabe ao senhor julgá-lo. Mas temos agido como se Jesus estivesse morto, como se ele não tivesse ressuscitado. Sim, é isso que fazemos, quando julgamos as igrejas, colocamos nosso Senhor novamente como morto, pois se o Senhor delas está vivo, porque é que nós tomamos seu lugar como juízes? No passado os apóstolos eram os pilares da Igreja, e tiveram a aprovação do Senhor através do Espírito Santo que era manifestado nos apóstolos como marca do dono que é Jesus. Eram eles que cuidavam da casa enquanto o senhor havia saído. Quem hoje pode se dizer semelhante a eles? E se é, onde estava no passado? Cristo designou os apóstolos, estes caminharam com Cristo, e eram testemunhas oculares de sua ressurreição. Mas desapareceram por dois mil anos, e só resolveram aparecer agora? Será que durante todo esse tempo ninguém precisou de Deus? Quanta arrogância a nossa irmãos, pois temos sido mais inflexíveis que Cristo.

Por isso está escrito em Mateus 7:1-2 – “Não julgueis os outros, para não serdes julgados; porque com o julgamento com que julgardes, sereis julgados, e com a medida com que medirdes sereis medidos.”. Cuidado irmãos, que seu julgamento não caia sobre vocês mesmos. Cuidado ao apontar uma doutrina falsa, pois seu irmão pode estar pecando na inocência, e sem te julgar, ele pode ser salvo, mas você pode estar praticando uma doutrina falsa sem saber, e por ter julgado seu irmão, não será condenado na inocência, nem por ter praticado a doutrina, mas pelo seu próprio julgamento que recaiu sobre você. 

Em Lucas 9:38-40 – “João lhe disse: Mestre, vimos um fulano expulsando demônios em teu nome. Queríamos impedi-lo, porque não nos seguia. Mas Jesus disse: Não deveis proibi-lo. Ninguém há que faça algum prodígio em meu nome e logo depois possa falar de mim. Pois quem não está contra nós está a nosso favor.”. Vejam bem irmãos. Esse homem não estava deixando de seguir uma determinada religião. Ou se mantendo à parte de um determinado pastor. Mas ele estava deixando de andar com o próprio Jesus. Se fosse nos nossos tempos, com certeza esse homem seria declarado condenado, pois não segue com os bons, e nem segue a Jesus, que anda conosco. Porque nos nossos tempos não julgamos os corações, mas as doutrinas e as roupas sacerdotais. Não importa quão bom seja o homem, se não estivesse andando conosco, estaria condenado, afinal, somos representantes de Deus, eleitos, cheios de discernimento espiritual. Mas Cristo tem se mostrado mais flexível do que nós.

 Leiam o livro de Apocalipse (Revelação), as cartas de Jesus endereçadas às igrejas. Veja por exemplo, o que ele disse para a Filadélfia: “Coloquei diante de ti uma porta aberta que ninguém pode fechar; porque, apesar de tua pouca força, guardaste minha palavra e não negaste meu nome...”. E vejam o que ele diz da congregação de Laodicéia: “Conheço tuas obras: tu não és nem frio nem quente. Quem me dera que fosses frio ou quente! Mas como és morno, nem frio nem quente, estou para te vomitar da minha boca.”. Irmãos, leiam o livro de Apocalipse (Revelação), e verão que as congregações são diferentes umas das outras. Enquanto uma se encontrava pura, outra se encontrava completamente morta, outra se encontrava corrompida, e outra se encontrava firme. Mas a lição é: as igrejas eram diferentes, mas todas, tanto as puras, quanto as corrompidas, pertenciam a Cristo, e ele é quem as estava julgando. Vejam o que ele diz ainda à Laodicéia, que estava morna: “Eu repreendo e castigo aqueles que amo. Reanima então o teu zelo, e converte-te”. Mesmo morna, aquela era a Igreja de Cristo, e ele a amava, e a exortava a se arrepender. Naquela época Jesus falou com todas as congregações, através de João. Se hoje ele fala conosco através do Espírito Santo, porque não falaria com todas? Por acaso alguém é mais especial para Deus? Mas vejam que Jesus julgava doutrinas que levavam à corrupção do coração, e julga a cada um individualmente. Isso está claro quando ele diz para a congregação de Sardes, que tinha o nome de vivo, mas estava morto: “Mas tens em Sardes alguns nomes de pessoas que não contaminaram as suas roupas. Eles andarão comigo vestidos de branco, porque são dignos.”. Assim ele também diz à congregação de Tiátira: “Mas não vou impor outro peso a vós de Tiátira, que não seguis esta doutrina e não conheceis os assim chamados segredos de Satanás. Guardai, porém, o peso que tendes, até que eu venha.”. Vejam que apesar de as congregações de Sardes e Tiátira estarem corrompidas por doutrinas de Satanás, haviam ali homens que não se corromperam. Isso mostra claramente que nosso Senhor julga a cada um individualmente, não importando onde estivermos. Afinal, ele não mandou aos homens puros de Tiátira abandonar a congregação, ou aos homens puros de Sardes abandonarem a congregação, pois o objetivo de Cristo não é a segregação, mas ele queria o arrependimento da sua Igreja. Assim como Elias achava que era o único, talvez a congregação da Filadélfia se achasse a única que ainda guardava os mandamentos de Jesus. quando na verdade ainda existiam muitos espalhados pelas outras congregações, inclusive em congregações quase totalmente corrompidas. Certamente, se tivesse se atrevido a julgar os outros, a congregação da Filadélfia faria um mau julgamento, e atrairia julgamento sobre si. Por isso irmãos deixem o julgamento para o juiz, e vamos ver a todos como irmãos, na mesma fé, que é o Cristo.

Temos discutido por coisas vãs e sem importância. Se devemos guardar o sábado, se devemos dizimar, se Jesus morreu numa cruz, se Jesus e o Pai são uma trindade. Vejam bem, Jesus é o coração que o Senhor julga. Todo coração que pertence ao mundo, faz coisas para o mundo, e todo coração que pertence a Deus, faz coisas para Deus. Uma árvore se conhece pelos seus frutos. Assim também, as doutrinas são julgadas por seus frutos. Mas não nos cabe julgar qual árvore será cortada, ou separar o trigo do joio. Irmãos, onde há um homem, pode haver santidade, mas haverá também pecado, e erros, porque embora sejamos santificados pelo sangue do Cordeiro, nosso corpo ainda não foi transformado, e ainda há em nós a herança de Adão, até que Nosso Senhor volte e nos cure por completo. Se onde há um homem há erros, quanto mais onde há uma organização feita por homens. Mas embora todas estejam cheias de erros, é o Senhor delas que irá julgá-las. Isso não quero dizer que devemos aceitar tudo irmãos, pois Cristo, o juíz da Igreja, já proferiu seu julgamento sobre muitos. Por isso, o que deve ser repelido é o pecado, as doutrinas que produzem o pecado, e aqueles que abandonam Senhor para servir ao Diabo, estes sim, é que devem ser afastados do nosso meio.

Há inúmeras doutrinas que nos separam, entretanto há uma única fé que nos salva, que é na reconciliação dos homens com Deus, por intermédio do Senhor Jesus. Por acaso são as doutrinas mais importantes que Cristo? Pois se Cristo é o elo de união na Igreja, e as doutrinas são a força que a separa, e se você prefere repelir seu irmão pelas doutrinas, ao invés de acolhê-lo por Cristo, a quem tem como seu Senhor, Cristo ou das doutrinas? Quantas coisas boas nós temos para ensinar e compartilhas uns aos outros. O conhecimento de uns, o fervor religioso de outros, os encontros, a maneira de pregação, as músicas de umas, os livros de outras. Para que então compartilhar somente críticas? Pense bem. Que o Espírito da Verdade que está em vós os ensine.

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