quarta-feira, 7 de setembro de 2011

SÁBADO, DÍZIMO E A LEI

A BENGALA DOS CEGOS

Está escrito em Romanos 13:8-10 – “Não tenhais dívida com ninguém, a não ser a da caridade mútua; pois quem ama o próximo cumpre plenamente a Lei. Porque os mandamentos: não cometerás adultério; não matarás; não roubarás; não cobiçarás, e qualquer outro mandamento, se resumem nesta fórmula: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. A caridade não faz mal ao próximo. A caridade é, portanto, o pleno cumprimento da Lei.”. Está escrito também em Mateus 22:36-40 – “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei? Jesus respondeu: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua mente. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é tão importante como o primeiro: Amarás a teu próximo como a ti mesmo. Nestes dois mandamentos se resume toda a Lei e os Profetas.”.

Não é preciso citar muitos textos para dizer que a Lei acabou. Textos por si só são corpos sem vida. Assim como os sábios desse mundo tem seus fundamentos em argumentos, os letrados da Palavra tem seus fundamentos nos muitos versículos decorados. Um amontoado de corpos sem vida. A Lei não acabou. Ela foi cumprida e aperfeiçoada em Cristo. A Lei era como uma bengala para um cego. Não há necessidade dela quando o cego passa a enxergar. Engana-se ao pensar que quem está livre da Lei tem menos obrigações. Com a visão, você não mais tropeçará, não precisa da bengala, porque vai enxergar, mas isso além de muitas bênçãos, dá também potencial, e obrigação de alcançar lugares onde não podia ir com sua bengala, e suas obrigações se tornam muito maiores, mas irá realizá-las sem correntes, sem bengalas, mas livre.

Estou falando do aspecto físico da Lei, e não espiritual. O homem quando seguia a Lei era como um cego que vivia dentro de uma casa. Deram-lhe uma bengala e instruções. Ele deveria dar tantos passos para a direita, tantos para a esquerda, e tantos para frente para chegar ao banheiro, e tantos para a direita e tantos para a frente para chegar na cozinha, e assim ia se guiando pela casa. O cego viu que seguindo essas instruções, e confiando na bengala ele evitaria tropeços e erros, e o cego poderia até trabalhar dentro da casa. Assim ele se tornou útil na casa, embora muitas vezes por falta de paciência tenha ignorado as instruções e caminhado sozinho, tão somente para depois pedir ajuda ao dono da casa, para conduzi-lo novamente ao início, para poder novamente contar seus passos. A bengala e as instruções eram ruins? Claro que não. Serviram ao cego quando foi preciso. Mas muitos cegos se acharam justos porque seguiam as instruções, e conseguiam trabalhar na casa e dar seu quinhão, e deram mais valor a elas do que quem as criou, e se acharam mais que merecedores do quinhão que conseguiam para a casa. Se esqueceram que aquele que lhes deu a instrução e a bengala não precisava deles, e certamente não tinha sua alegria no quinhão deles, mas fez por amor, e o que o alegrava era vê-los caminhar sem tropeçar, mostrar que os ama, e fazê-los se sentirem melhor como homens, por se sentirem úteis e poderem dar seu quinhão. A Lei funcionava assim para os homens. Era uma bengala que era necessária quando os homens eram cegos. O coração do homem sem Cristo era tão duro que Deus precisava obrigar o homem a praticar o bem. Precisava punir de morte quem não obedecia. Precisava recompensar o homem com vida longa para ele honrar seus pais. Precisava prometer terras, filhos e bênçãos. Deus criou o sábado para obrigar o homem a deixar seus animais e escravos descansarem. Precisou criar o dízimo para garantir o sustento do sacerdote, da viúva e do órfão. Precisou tornar impuro o que não fazia bem ao homem que vivia no deserto. E o homem santificou a Lei ao invés de santificar o Criador. Assim como hoje santificamos textos e pedaços de papel, santificamos corpos sem vida, quando temos a Palavra Viva nos chamando para conhecê-la. Irmãos, nos tempos da Lei nós éramos como crianças. O pai precisa de punições e ameaças para que seu filho não faça o que é errado, para o bem dele. O pai precisa proibir o filho de sair para a rua sozinho, e o filho não entende, mas o pai sabe que o filho ainda não está pronto. O filho obediente obedece a seu pai. Mas um dia esse filho vai crescer, e ele vai entender tudo que o pai dizia. Ele vai poder sair para a rua sozinho agora. Irmãos, chega o dia em que o cego pode optar por abrir seus olhos. Nisso ele não pode se vangloriar, porque é um milagre, e ele nunca enxergou antes. Ele vai reconhecer o amor agora, porque Deus o amou primeiro. Ele não vai mais precisar das instruções, porque ele pode enxergar as paredes e as portas. Ele não precisa mais se apegar às instruções e à sua bengala. Lembra cego, que tinha que dar dez passos quando o relógio tocasse? Lembra que estaria na cozinha, e que o café estaria servido naquela hora? Pare de fazer isso. Não é errado se quiser continuar fazendo, mas não há mais necessidade. O café era servido naquela hora porque você não podia ver, não podia sair para comprar seu café. Mas agora você enxerga, e pode tomar seu café a hora que desejar. Se quiser continuar tomando seu café naquela hora pode fazer, é um presente do dono da casa, mas não pode mais ser justificado por isso, porque isso é muito pouco perto do que você pode fazer agora. Você não está mais proibido de matar seu próximo. Não existe essa proibição. Porque você não pode nem sentir ódio e raiva dele. Mas mais do que isso, com Jesus habitando o seu coração, sendo o centro da sua vida, você não vai precisar se preocupar com isso, porque você não vai mais sentir ódio. Não vai haver mais espaço para ódio no seu coração. Você enxerga. Agora você pode ver. E o mesmo Deus que abriu seus olhos te prometeu muito mais, a vida eterna. E você não pode mais duvidar do seu Deus, porque antes ele te guiava para a mesa do jantar, mas agora ele te devolveu a visão, e irá fazer muito mais. Mas agora que você enxerga essa casa ficou pequena para você, e tem muitos cegos que precisam conhecer esse Deus, para que possam enxergar como você. Irmãos, a nossa visão é o amor. Você não precisa ser obrigado a ajudar a viúva, a dar descanso ao seu gado e ao seu empregado, porque Deus espera que você o faça por amor. Deus te amou primeiro, e enviou seu único filho para morrer por você. Veja e ame. Que o Espírito te ensine.  

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